sábado, 15 de fevereiro de 2020

O MARANHÃO REAL

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Por Adriano Sarney
A realidade sobre o governo do Maranhão começa a ser revelada em alguns veículos da imprensa nacional. Na medida em que o governador avança em sua tentativa de se tornar uma opção à presidência pela esquerda brasileira, seus serviços de assessoria de imprensa, pagos com o suado dinheiro do maranhense, e que servem apenas para lhe elogiar, se tornam pequenos frente à cobertura da imprensa em geral.
Como um dos poucos que tem a coragem e a lealdade com a população de fiscalizar o governo, assim como os deputados Cesar Pires e Wellington do Curso, estou sendo assediado por jornalistas quase que diariamente. Para facilitar o meu trabalho e o deles, relato, com dados, alguns pontos que expõe as contradições entre o “governo modelo da esquerda para o Brasil” e o “governo do Maranhão real”.
1) Aumento da pobreza e vulnerabilidade social. Segundo o IBGE, o percentual de maranhenses na extrema pobreza subiu 17,75% entre 2016 e 2018, superior a média nacional. Foram 223 mil pessoas que retornaram para a extrema pobreza. De acordo com o Programa de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional (PNPD), no período de 2011-2015, o Maranhão reduziu em 22,7% a vulnerabilidade social associada aos indicadores de renda e trabalho, saindo da faixa de alta vulnerabilidade social para a média. Já no período de 2016-2017, no governo do PCdoB, o estado volta para a faixa de alta vulnerabilidade social, aumentando o índice em 3,6% de um ano para o outro. O vizinho Piauí obteve melhora durante o mesmo período. Isso significa o fracasso no programa Mais IDH e outras políticas estaduais de distribuição de renda.
2) Aumento do desemprego. Segundo o IBGE, a taxa de desocupação no Maranhão dobrou entre os anos de 2014 (7%) e 2018 (14%). Enquanto o estado registrou um aumento no desemprego da ordem de 7%, no Brasil esse número foi menor, 5%. Contribuíram para esses fracassos do programa Mais Emprego e o fim dos programas Primeiro Emprego e do ProMaranhão, responsável por incentivos para instalação de novos investimentos no estado. O Maranhão perdeu para o Pará uma siderúrgica da Vale em parceria com os chineses com investimento de R$1,5 bilhão e a geração de 15 mil empregos.
3) PIB em baixa. Os dados mais recentes do IBGE (2015-2017), apontam uma queda média de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão. O PIB é o índice que mede todos os bens e serviços finais produzidos no estado. Em outras palavras, durante o governo do PCdoB, o Maranhão produziu menos. A queda é maior do que a média brasileira, colocando por terra o argumento governista de que os efeitos negativos da economia são causados por razões nacionais. Alguns motivos para a queda de produção são o aumento de impostos estaduais e a falta de investimento em obras estruturantes. O saldo de mais de R$ 2 bilhões de reais do financiamento do BNDES para investimentos em infraestrutura no Maranhão foram destinados a obras diversas como asfaltamento urbano durante o período das eleições em detrimento da modernização da máquina pública e da conclusão do Anel da Soja no sul do estado, por exemplo. A situação não está pior devido à produção agrícola em 2017.
4) Déficits fiscal e previdenciário. A situação fiscal e previdenciária no estado estão deficitárias, apesar dos constantes aumentos de impostos e da dilapidação da reserva dos aposentados (foram consumidos mais de R$ 1 bilhão do Fundo dos Aposentados e Pensionistas do Estado). A gestão equivocada faz com que áreas como comunicação (R$ 76,6 milhões), que teve um acréscimo de 21% em sua receita este ano, receba mais recursos do que habitação (23,9 milhões) e indústria (39,6 milhões) juntos. O resultado não poderia ser outro senão o anuncio de que o governo estuda contingenciar 30% do orçamento de 2020 para retomar o selo de bom pagador do Tesouro Nacional.
O estado está quebrado como venho relatando nesta coluna. Este é o Maranhão real!

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