quarta-feira, 5 de junho de 2019

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE E A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL DA ÁGUA DE LASTRO DOS NAVIOS NO MARANHÃO


Estudos realizados em diversos países, inclusive no Brasil, demonstraram que muitas espécies de bactérias, plantas e animais podem sobreviver na água de lastro e nos sedimentos transportados pelos navios, mesmo após longas viagens. A água de lastro é utilizada para dar estabilidade ao navio, por meio do preenchimento de reservatórios específicos com água do ambiente em que se encontra. Ao descarregar a sua carga, toda embarcação de grande porte deve restabelecer suas condições de estabilidade para navegar com segurança.

O problema é que a posterior descarga dessa água de lastro e desses sedimentos nas águas dos portos pode permitir o estabelecimento de organismos aquáticos nocivos e agentes patogênicos, que podem representar uma ameaça à vida humana, meio ambiente e ao equilíbrio dos ecossistemas.

Hoje, no Dia Mundial do Meio Ambiente, essa é uma das problemáticas enfrentadas em nossa cidade, diante de tantas outras que ameaçam nossas praias, rios, mares e o ecossistema como um todo. Quando falarmos de água de lastro, falamos também da defesa do meio ambiente e defesa da sociedade, pois o meio ambiente equilibrado é indispensável à qualidade de vida da população.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), como detentora da autoridade ambiental em nível de administração estadual, é que deve realizar o controle por meio de uma atividade material de fiscalização e averiguação nos navios, uma vez que tem poder de regulamentação e de polícia para agir como sancionadora pelo descumprimento das normas ambientais no que tange à água de lastro, e existe uma norma que regulamenta, mas nós, enquanto sociedade, não sabemos ao certo até onde isso funciona, principalmente quanto à fiscalização, já que temos a ocorrência de organismos invasores em nossas águas, afetando assim a nossa biodiversidade.

Se não houver fiscalização adequada dos navios que aportarem no Itaqui, espécies exóticas e microrganismos típicos de outras partes do mundo, trazidos na água destas embarcações, podem acabar com a fauna e flora locais, provocando a extinção de espécies, gerando também ameaças à saúde pública, ao meio ambiente e a economia. Os impactos já estão sendo sentidos pelas comunidades ribeirinhas e agentes de pesca em várias regiões do nosso estado.

Como sociedade civil que somos, devemos cobrar esclarecimentos das nossas autoridades e do governo do estado, já que temos o Porto do Itaqui como um dos portos mais profundos do Brasil e do mundo, permitindo a atracação enormes de navios cargueiros, o que é de suma importância para a economia, mas em contrapartida, se não houver o cumprimento das normas, o nosso equilíbrio ambiental que já está tão calejado, pode ficar à míngua, ou só a "ver navios". 



Nenhum comentário:

Postar um comentário