terça-feira, 15 de março de 2016

Delcídio diz que Mercadante tentou silenciá-lo em nome de Dilma


Por Correio Braziliense


O ex-líder do governo Dilma Rousseff no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse em sua delação premiada que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tentou convencê-lo a não fazer colaboração com os investigadores da Polícia Federal. Ele apresentou gravações feitas por assessores em que o ministro teria feito promessas de pagar advogados para a família. Segundo Delcídio, Mercadante "agiu como emissário" da presidente Dilma.

A gravação foi feita pelo assessor de imprensa do senador, Eduardo Mazargão. Segundo a delação de Delcídio, Mercadante tentou entrar em contato com sua mulher. "A mensagem de Aloízio Mercadante, a bem da verdade, era no sentido do depoente não procurar o Ministerio Público Federal para, assim, ser viabilizado o aprofundamento das investigações da Lava-Jato", disse o senador em depoimento prestado em 12 de fevereiro de 2016. A colaboração premiada de Delcídio foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.



Para Delcídio, Mercadante fez os contatos em nome da presidente Dilma. "Entendeu o depoente que Aloízio Mercadante agiu como emissário da presidente da República e, portanto, do Governo", disse ele. O senador continuou. “QUE esclarece melhor o depoente que considera Aloízio Mercadante o principal vetor de relacionamento político de Dilma Roussef; QUE o depoente esclarece que, até por isso, Aloízio Mercadante era o ministro-chefe da Casa Civil, de moda que sabe que Dilma Roussef relutou bastante em tira-lo do posto; QUE Aloízio Mercadante, a despeito disso, prossegue sendo conselheiro político privilegiado de Dilma Roussef, tanto que continua a exercer tarefas delegadas diretamente pela presidente da República, a exemplo de missões relativas a Tribunais Superiores e Tribunal de Contas da União."

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