
Relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho da Organização dos Estados Americanos (OEA) alerta que a migração forçada de venezuelanos ultrapassará 5 milhões de pessoas até o final de 2019. O relatório também prevê que, se a situação não mudar na Venezuela, até o ano 2020, entre 7,5 e 8,2 milhões de venezuelanos poderão fazer parte da migração forçada.
De acordo com a OEA, trata-se da segunda maior crise de imigrantes e refugiados no mundo, depois da que envolveu os sírios. O secretário-geral da entidade, Luis Almagro, afirmou que a crise venezuelana tende a expulsar cada vez mais cidadãos. Segundo ele, são mais de 3,4 milhões de venezuelanos que buscam refúgio em outros países.
“Os venezuelanos são a segunda população com mais refugiados do mundo, perdendo apenas para a Síria, que está em guerra há sete anos. As previsões indicam que até o final de 2019 o êxodo chegará a 5,4 milhões de pessoas” disse Almagro.
O coordenador do Grupo de Trabalho, David Smolansky, afirmou que a assistência internacional para migrantes e refugiados venezuelanos é escassa. “Agradecemos a generosidade da comunidade internacional, mas essa contribuição hoje não chega a US$ 200 milhões e, em uma comparação, a crise síria recebeu mais de US$ 30 bilhões e a do Sudão do Sul recebeu quase US$ 10 milhões.”
Segundo o relatório, para os refugiados sírios são destinados US$ 5 mil por pessoa e para os venezuelanos, menos de US$ 300 por pessoa. O relatório mostra ainda que na Colômbia há 1,2 milhão de venezuelanos; no Peru, 700 mil; no Chile, 265 mil; no Equador, 220mil e na Argentina, 130 mil. O estudo não menciona o Brasil.

Os especialistas vão se reunir com integrantes do governo, da Assembleia Nacional da Venezuela, da sociedade civil, além de vítimas de violações dos direitos humanas. A equipe irá a Caracas e outras cidades venezuelanas.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou que o número de pedidos de asilo por parte de venezuelanos chega a 414 mil, desde 2014. Cerca de 60% deste total apenas em 2018.
O Acnur alerta sobre a necessidade de manter o caráter “civil e humanitário” para a concessão de asilo.
Segundo o alto comissariado, os países latino-americanos concederam 1,3 milhão de permissões de residência e outras de status para regularizar a situação de venezuelanos, permitindo assim que tenham acesso à educação, saúde e oportunidades de trabalho.
Agência Brasil
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