sábado, 14 de maio de 2016

Novo governo muda correlação de forças políticas no Maranhão


A mudança de presidente no Brasil alterou, automaticamente, a correlação de forças políticas no Maranhão. Com a ascensão do peemedebista Michel Temer ao comando da nação, novos atores maranhenses também foram alçados à condição de interlocutores do estado, fazendo o contraponto direto ao governador Flávio Dino (PCdoB), que decidiu-se pela oposição ao governo Temer.
E as mudanças terão influência direta nas eleições de 2018, quando Dino disputará a reeleição e se abrirão duas vagas no Senado. Na função de ministro do Meio Ambiente, o deputado federal Sarney Filho (PV) ganha cacife no mesmo patamar de Flávio Dino em Brasília – ou até maior, dependendo das circunstâncias.
O ex-candidato a governador Edinho Lobão (PMDB), por sua vez, ganha importante tribuna no Senado Federal para o contraponto às ações do governador comunista. A dobradinha Sarney Filho/Edinho Lobão, inclusive, já é cogitada, inclusive, para o embate eleitoral de 2018.
Os próprios aliados de Flávio Dino, como o ex-governador e atual deputado José Reinaldo Tavares (PSB) – reconhecem que o comunista extrapolou em sua “postura guerrilheira”, o que pode gerar fechamento de portas ao Maranhão em Brasília.
Mas os novos atores também já começam a tratar de reconstruir as pontes quebradas por Flávio Dino. Sarney Filho deixou claro, em sua primeira entrevista como ministro, que vai tratar diretamente com Temer sobre a questão Maranhão. E disse que uma das condições para assumir o ministério foi a garantia de que o presidente manterá os programas sociais, que têm forte penetração no estado.
Mas a relação da bancada com Michel Temer não significará leniência ou salvo-conduto automático ao governador Flávio Dino. Pelo contrário, todos os personagens com algum tipo de relação com Michel Temer, vão querer deixar claro que está sendo a partir dele a resolução de demandas e pleitos do maranhão.
Sem interlocução com Temer, caberia a Flávio Dino buscar relação por intermédio da bancada maranhense. Mas seus aliados na Câmara também são todos distantes de Michel Temer, como o comunista Rubens Pereira Júnior e o pedetista Weverton Rocha. Fica claro, portanto, o isolamento cada vez maior do governador em relação ao Palácio do Planalto.
O Estado encaminhou ao secretário de Comunicação Social e Articulação Política do governo Flávio Dino, jornalista Márcio Jerry, às 11h45 da sexta-feira, 13, uma série de perguntas a respeito do posicionamento de Flávio Dino a partir de agora: “O governador se manterá na oposição a Temer? Buscará o diálogo? De que forma?”. Foram algumas das questões. O aplicativo de mensagens mostra que Jerry recebeu e leu as perguntas. Mas não havia respondido, até o fechamento desta edição.

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