quinta-feira, 18 de abril de 2019

SE DUVIDAR, A CATEDRAL DE NOTRE-DAME SERÁ RECONSTRUÍDA PRIMEIRO QUE O CASTELINHO EM SÃO LUIS

Catedral de Notre-Dame terá que ser quase toda reconstruída
Em meio à comoção mundial provocada pelo incêndio que devastou, há três dias, a Catedral de Notre-Dame, em Paris, capital da França, um detalhe remete a tragédia de repercussão mundial a um incidente ocorrido há pouco mais de um mês no Maranhão. O fato em questão é o desabamento da cobertura do Ginásio Georgiana Pflueger, o Castelinho, sinistro de proporção infinitamente menor, mas tratado com o mesmo grau de complexidade pelo governo comunista de Flávio Dino.

Como se estivesse diante de um estrago semelhante ao do templo secular parisiense, um dos principais símbolos da França e da Europa, e polo de atração turística internacional, o governador maranhense autorizou a assinatura de um termo de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado de Desportos e Lazer (Sedel) e a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) para a recuperação do ginásio, com vigência de até cinco anos.

Após desabamento da cobertura, Castelinho passará por reforma, cujo prazo de conclusão pode se estender até o próximo governo
Para espanto geral, o prazo do convênio firmado entre as duas pastas subordinadas a Flávio Dino é o mesmo anunciado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame. Guardadas as devidas proporções entre uma obra e outra, não dá nem para comparar.

A grosso modo, a reforma do Castelinho consistirá no reposicionamento do telhado, que cedeu durante uma tempestade, e outras intervenções menores. Quanto a catedral francesa, essa terá que ser quase toda reconstruída, o que demandará muito mais esforços físicos, recursos materiais e inteligência humana, sem contar o valor histórico e o caráter emocional.

A não ser o prazo de conclusão, as duas obras não exibem, entre si, nenhuma outra coincidência. Pelo contrário, uma representa a tradição de um povo historicamente habituado a se reerguer de catástrofes, enquanto a outra é um exemplo claro de descaso, incompetência e mau uso das receitas públicas.

Por Daniel Matos

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