domingo, 13 de janeiro de 2019

A SAFRA DE SOJA ESSE ANO NO MARANHÃO SUPERA 3 MILHÕES DE TONELADAS


Com uma colheita estimada em mais de 3 milhões de toneladas, o Maranhão baterá um recorde na produção de soja na safra deste ano, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgada na última quinta-feira (10). Com esse volume, o estado assume a segunda posição na região Nordeste, atrás da Bahia, que deve produzir 5,148 milhões de toneladas, e a terceira na fronteira agrícola do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), já que o Tocantins deve colher 3,156 milhões, 14,3 mil que as 3,013 milhões de toneladas do Maranhão.

O maior produtor nacional continua sendo Mato Grosso, onde haverá uma colheita de 32,171 milhões de toneladas, vindo em seguida o Paraná (19,175), Rio Grande do Sul (18,690), Goiás (11,289) e Mato Grosso do Sul (9,012), que formam as cinco melhores posições no ranking nacional, do qual o Maranhão é 10º colocado.

Pelo levantamento da Conab, a cultura da soja responderá com mais de 50% da produção total de grãos do estado, onde deverão ser colhidas 5,421 milhões de toneladas. Um dos principais fatores para esse crescimento, segundo o presidente da Federação da Agricultura do Maranhão (Faema), Raimundo Coelho, é a abertura de uma nova fronteira no estado, que vai de Buriticupu à divisa com o Pará.

Para garantir esse volume, o Maranhão ampliou em 2,0% a sua área plantada, que na safra passada foi de 951,5 mil hectares e para a colheita deste ano foram plantados 970,5 mil. O resultado poderia ser ainda melhor não tivesse havido uma queda de 0,6% na produtividade, pois se na safra 2017/18 foram 3.125 quilos por hectare na deste ano serão 3.105.

Avaliação – A Conab avaliou as condições climáticas sobre a produção, e sua conclusões para a região do Matopiba é a seguinte:

Maranhão – permanecem as previsões de aumento da área plantada em torno de 2% em relação a safra anterior. As lavouras de soja foram fortemente favorecidas pelo expressivo volume de chuvas ocorrido no final da segunda quinzena de novembro, que se estendeu até dezembro. De maneira generalizada, as lavouras de soja na região sul do estado se encontram em final de semeadura.

Tocantins – a cultura apresentava excelente desenvolvimento até o primeiro decêndio de dezembro. As condições climáticas favoráveis e a baixa incidência de pragas e doenças levavam a crer em mais uma safra recorde, porém no segundo decêndio as chuvas cessaram no estado, provocando a morte de plantas no estágio de desenvolvimento vegetativo inicial e redução do stand em lavouras que estavam emergindo. As precipitações voltaram a ocorrer provocando alívio em alguns produtores, já que ocorreram de forma localizada. O plantio se encontra na reta final, com mais de 98% da área semeada.

Piauí – devido à antecipação do início do período chuvoso, o plantio da soja se iniciou em média quinze dias antes que o da safra passada. Atualmente já se encontra finalizado em todas as áreas dos cerrados, que teve início a partir da primeira quinzena de outubro. Da área plantada, 45% encontra-se em desenvolvimento vegetativo, 55% em floração, frutificação e maturação. A condição da lavoura é considerada boa e, até o momento, em algumas áreas há registros de um veranico de cerca de 14 dias.

Bahia – estima-se o cultivo de 1,57 milhão de hectares, com a produção de 5,15 milhões toneladas de soja. Os plantios estão distribuídos pelo Vale do São Francisco e Extremo-Oeste, e o plantio das lavouras estão finalizados, com estimativa de redução de 1,8% em relação à safra passada. Essa redução na área cultivada foi atribuída ao aumento observado no plantio do algodão e à falta de investimento em novas áreas devido à elevação dos custos de produção e aos entraves no escoamento da safra.

Veja no quadro o desempenho das principais culturas na produção de grãos no Maranhão na safra 2018/19:



Por Aquiles Emir

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