segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

ELEFANTE BRANCO: Reforma e Ampliação do Prédio de Enfermagem da UFMA, 4 MILHÕES gastos e 4 anos depois....NADA !!!!



Por Alisson Roberth S. S.

3 Milhões 163 mil 262 reais e 42 centavos. Sim, MILHÕES. Este foi o valor destinado à reforma e ampliação do prédio da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.Essa imagens representam a situação que hoje se encontra o referido prédio na Rua Viana Vaz, 230 - Centro. A obra iniciada a 4 anos atrás tinha um prazo de execução de 365 dias, prazo este prorrogado conforme termo aditivo de contrato nº23/2011, prorrogando o prazo de vigência e execução até 21/01/2015, mais uma vez vencido e ultrapassado. A Faculdade de Enfermagem da UFMA tem um legado cultural pro estado do Maranhão através da tríade ensino, pesquisa e extensão. A história do Curso tem raíz com o nascimento da própria universidade. Trata-se da antiga Escola de Enfermagem São Francisco de Assis, fundada no dia 18 de julho de 1948, pela irmã Josefa Maria de Aquiraz, então superiora geral das irmãs missionárias Capuchinhas. Funcionou por algum tempo no Hospital Tarquínio Lopes Filho (mais conhecido como Hospital Geral). Em 1950 passou a funcionar em sede própria à Rua Rio Branco, 308, Centro de São Luís. O Curso foi reconhecido pelo Decreto Federal n°30.628, de 11/03/1952, publicado no Diário Oficial da União de 20/03/1952. Em 1961, foi agregada à Universidade Católica do MA e incorporada a Fundação Universidade do Maranhão em 27/01/1967, conforme Lei nº1.521, de 21/10/1966. Hoje, estamos "PROVISORIAMENTE?" no Centro Pedagógico Paulo Freire, na cidade universitária, com estrutura mínima, conforto mínimo, material mínimo para ensino prático dos conteúdos de nossa matriz curricular. A magnitude deste problema é produto dos males de Gestão, onde o corporativo da universidade se rende a total falta de compromisso com aquilo deveria ser de suma obrigação uma vez que se tornaram funcionários públicos de uma universidade pública. E quem mais perde com tudo isso? OS ESTUDANTES, que deixam de poder usufruir de espaços apropriados para sua formação acadêmica, que deixam de ter laboratórios necessários para o aprendizado, que deixaram de ter sua bliblioteca setorial com um vasto acervo de literaturas, salas de estudo, e tantos outros espaços fundamentais para a vivência na academia. Parece que estamos em tempos de mudança, não é verdade? Se fizermos uma vasta reflexão, veremos que essas mudanças são produtos da nossa pequena capacidade crítica de nos incomodar com aquilo que é nosso, que onera o sistema, que onera diretamente nossos bolsos e no fim, forma profissionais de capacidade duvidosa para o exercício da profissão. Em 25/03/2003, o então reitor da Universidade, Othon de Carvalho Bastos, durante entrega de reforma e ampliação do Prédio de Enfermagem que custara 405.000,00 com prazo de execução similar, destacou: "A Faculdade de Enfermagem foi um dos embriões da Universidade, juntamente com os cursos de Direito, Farmácia e Odontologia. Na época, a UFMA era chamada de Universidade do Maranhão e era uma instituição católica". Esse é apenas o recorte do retrato de uma série de problemas que nós estudantes enfrentamos hoje. Vamos acordar comunidade acadêmica. Vamos cobrar, vamos questionar aquilo que nos é de direito e é pago com cada IOF deixado nas esquinas. Questione-se se sua posição não é confortável demais. Alisson Roberth S. S. Estudante da Faculdade de Enfermagem - UFMA

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