sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Falta criatividade e propostas concretas, mas sobra factoides


Por Jorge Aragão

Conhecer a cidade e seus problemas é o primeiro passo para elaborar propostas que realmente tragam benefício para os moradores. Mas em São Luís, por desconhecimento ou por oportunismo, o que não tem faltado é candidato a prefeito propondo ações que não são suas, ou pior, que já estão sendo executadas pela Prefeitura de São Luís.
Em sua conta no microblog Twitter, a deputada federal Eliziane Gama afirmou que “nos primeiros meses, São Luís terá plano de resíduos sólidos funcionando”. Mal assessorada, mais uma vez, Eliziane desconhece que a cidade tem plano de resíduos sólidos em pleno vigor. A capital maranhense é, inclusive, uma das primeiras em todo o Brasil a se adequar ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com a desativação do Aterro da Ribeira. Como se não bastasse, tem investido forte na conscientização: os Ecopontos estimulam o descarte voluntário de resíduos e a coleta seletiva, além de fortalecerem a parceria com as cooperativas.
Vale lembrar que, em recente entrevista, a candidata acabou se enrolando ao dizer que a capital maranhense era a penúltima colocada em transparência, quando na verdade São Luís tem a segunda maior nota do país nesse quesito.
Teve candidato defendendo, na sabatina promovida pelo jornal O Estado do Maranhão, a ampliação do programa Interbairros. O que demonstra desconhecimento, afinal o programa já está sendo ampliado: estão previstas cerca de 20 conexões interbairros, parte delas por meio da parceria Governo-Prefeitura.
Também teve candidato propondo que a iniciativa privada adote espaços públicos e assumir a sua manutenção. Algo parecido com o programa “São Luís, Cidade Jardim”, já desenvolvido pela prefeitura com o apoio de uma rede parceira. Foi inclusive graças a parcerias existentes que a Prefeitura conseguiu transferir mais de cem pacientes que estavam internados nos corredores do Socorrão I.
Com poucas propostas, o debate político segue morno. Talvez por conta da pouca criatividade, afinal falta conteúdo e sobra imitação, é que alguns optaram, para atingir o prefeito Edivaldo, criar uma “fábrica de factoide”.

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