sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Delegacia da Mulher registrou 68 casos de importunação sexual na Grande Ilha

 Tema recebeu destaque após uma estudante ser atacada por um perseguidor dentro de uma universidade de São Luís

De janeiro a outubro deste ano, a Delegacia da Mulher registrou 68 casos de importunação sexual na Grande Ilha, que compreende Alcântara, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e a capital do estado, São Luís. O número representa um ligeiro aumento em relação aos 66 casos registrados em 2022.

O Ministério Público do Maranhão emitiu uma recomendação à prefeitura de São Luís e ao Sindicato das Empresas de Transporte Público, solicitando medidas para reforçar a segurança das mulheres nos transportes coletivos da capital. No estado, a Polícia Civil do Maranhão contabilizou mais de 500 casos de importunação sexual apenas no ano passado.

Segundo a lei de 2018, que trata sobre o assunto, o crime de importunação envolve atos libidinosos sem consentimento, com penas variando de 1 a 5 anos de prisão, podendo chegar a 30 anos em casos de estupro. A legislação completou cinco anos em setembro de 2023, período em que os registros de importunação sexual aumentaram.

O tema recebeu destaque após uma estudante ser atacada por um perseguidor dentro de uma universidade de São Luís. Em entrevista à Difusora, a psicoterapeuta Evelin Lindholm ressaltou que crimes como esse muitas vezes causam vários transtornos a vítima, frequentemente irreversíveis.

“Os impactos psicológicos nas vítimas de perseguição são significativos. A constante sensação de ser vigiado pode resultar em ansiedade, depressão e, em casos extremos, transtorno de estresse pós-traumático. A perda de privacidade e a constante ameaça à segurança emocional podem levar a efeitos duradouros ao bem estar mental e emocional. É essencial abordar essas temáticas por meio de intervenções psicológicas legais e sociais”, afirmou a psicoterapeuta.

Por Difusora On

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