Presidente da Câmara subiu o tom contra o ministro responsável pela articulação política do governo Lula no Congresso Nacional
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamou o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, de "incompetente" e disse que ele é um "desafeto pessoal". A declaração foi feita durante entrevista a jornalistas em uma feira agroindustrial em Londrina (PR).
Lira foi questionado sobre se a decisão da Câmara que manteve o deputado Chiquinho Brazão preso, na última quarta-feira (10), o enfraquece politicamente, já que aliados de Lira votaram contra.
"Essa notícia foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual. Cada deputado é responsável pelo voto que deu", afirmou Lira.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) comentou a fala, posteriormente, em entrevista coletiva no Salão Azul da Casa. "Nós temos que evitar esses problemas. O Brasil já tem muitos problemas, nós precisamos buscar sempre as convergências. Ninguém é perfeito e ninguém também é tão mal assim", declarou.
"A gente tem que conviver com as divergências e eu espero que a relação do Parlamento com o Executivo, especialmente com essa peça-chave, que é o ministro da SRI, o ministro Alexandre Padilha, possa ser a melhor possível".
Pacheco ainda pontuou que se esforça "muito" para manter uma boa relação com o governo e com o próprio Padilha, por quem falou ter "afeição" e "simpatia". Ao contrário de Lira, o presidente do Senado disse considerar o ministro "competente".
"Da parte do Senado Federal, nós vamos buscar ter o melhor relacionamento possível com o governo e com o próprio ministro Padilha", concluiu.
Como ministro-chefe da SRI, Alexandre Padilha é responsável pela articulação política do governo no Congresso Nacional. No início do ano, porém, nos bastidores, havia um distanciamento entre ele e Lira, iniciado pelo movimento de negociação de emendas feito pelo governo com deputados.
Fonte: SBT News
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