sexta-feira, 17 de maio de 2024
Iracema Vale destaca ações de impacto do Parlamento Estadual no programa ‘Em Discussão’
quinta-feira, 16 de maio de 2024
São Luís recebe mais uma edição do Congresso Brasileiro de Advocacia Ambiental; saiba como se inscrever
Nota de apoio e esclarecimentos sobre a greve dos docentes
quarta-feira, 15 de maio de 2024
Estratégia Defensiva: Prefeito Julinho ataca procurador para alegar perseguição
O prefeito da cidade de São José de Ribamar, Julio Cesar de Souza Matos, conhecido como "Dr. Julinho", está sob os holofotes da investigação do GAECO (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público do Maranhão. As acusações apontam suspeitas de desvio de recursos públicos, levando Dr. Julinho a adotar uma estratégia defensiva incomum: comprometer o procurador-geral de Justiça do estado, Eduardo Jorge Hiluy Nicolau.
Assim que soube das investigações, Dr. Julinho foi aconselhado por sua equipe jurídica a agir rapidamente, buscando se posicionar como vítima e alegando perseguição política. Para tanto, ele utilizou os meios de comunicação vinculados à gestão municipal para anunciar publicamente que denunciou Eduardo Nicolau ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A acusação contra o procurador-geral? Utilizar seu cargo público para promover campanhas políticas em favor dos adversários do prefeito, que está em busca da reeleição. No entanto, as evidências apresentadas por Dr. Julinho consistem apenas em duas fotos de Eduardo Nicolau em eventos públicos ao lado de autoridades políticas, uma prática institucional comum e não relacionada a atividades partidárias.
Essa ação do prefeito e seus aliados visa desviar a atenção das investigações em curso sobre possíveis desvios de recursos públicos. Ao atacar o procurador-geral, Dr. Julinho busca adiar o enfrentamento das acusações que pairam sobre sua gestão.
Enquanto o embate midiático se intensifica, a população de São José de Ribamar espera por esclarecimentos sobre o destino dos recursos municipais e aguarda o desfecho das investigações em andamento.
Escândalo Político em São Luís: Irmão de 'Sorriso' acusado de funcionário fantasma na Prefeitura
A polêmica envolvendo o contrato milionário entre a gestão do prefeito Eduardo Braide e a empresa Aroma & Sabor Alimentos LTDA, conhecida como "Pier 77", ganha novos contornos com a revelação de que João Vitor Segalla de Carvalho Pereira, apelidado de "Boca", irmão de "Sorriso", foi funcionário da prefeitura de São Luís durante parte da gestão Braide.
Segundo dados do Portal de Transparência da Prefeitura de São Luís, João Vitor atuou como Analista Técnico da SEMGOV (Secretaria Municipal de Governo) entre maio de 2021 e julho de 2023, recebendo um salário mensal de R$ 3.159,00 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.
No entanto, durante parte desse período, especificamente entre maio de 2022 e novembro de 2023, João Vitor também constava como Engenheiro de Sistemas Pleno em uma empresa privada, atendendo à Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão. Esta situação levanta questionamentos sobre a real presença de João Vitor em seu cargo público durante o período em que esteve empregado tanto na prefeitura quanto em uma empresa privada.
A suspeita de que João Vitor pudesse ser um "funcionário fantasma" se fortalece diante dessa aparente incompatibilidade de horários entre seus dois empregos. As informações foram verificadas tanto no Diário Oficial do Município de São Luís quanto no perfil de João Vitor em redes profissionais.
Essa revelação acrescenta mais um elemento à controvérsia em torno do contrato de R$ 18 milhões entre a prefeitura de São Luís e a empresa vinculada a "Sorriso", ex-assessor de Braide, que gerou um escândalo político na capital maranhense.
terça-feira, 14 de maio de 2024
À Deriva na Política: Fábio Câmara e a falta de apoio partidário
A entrevista do presidente estadual do PDT, Weverton Rocha, à TV Mirante nesta segunda-feira (13), trouxe à tona uma realidade até então especulada nos bastidores políticos de São Luís: a candidatura de Fábio Câmara começa a enfrentar obstáculos significativos. O ex-vereador, que havia sido ventilado como possível candidato pelo partido, agora vê sua posição ser questionada diante da reaproximação entre Rocha e o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), marido da senadora Ana Paula Lobato, recentemente filiada ao PDT.
Weverton Rocha, em sua declaração à imprensa, não ofereceu garantias concretas sobre a candidatura de Câmara, destacando que o partido está aberto para discussões e que uma posição oficial sobre a sucessão na capital será tomada posteriormente. Essa falta de comprometimento direto com a candidatura de Câmara coloca em xeque a viabilidade do ex-vereador como nome do PDT na corrida ao Palácio da la Ravariére.
É evidente nos corredores políticos que Fábio Câmara pode ter sido lançado como uma espécie de "boi de piranha", uma figura descartável oferecida para garantir sua presença na mesa de negociações, mas sem qualquer garantia de que sua candidatura será oficializada. Rumores sugerem que o PDT não descarta alianças, inclusive com o atual prefeito Eduardo Braide (PSD), o que enfraqueceria ainda mais a posição de Câmara.
A possibilidade de uma aliança entre PDT e Solidariedade também foi levantada, com a suplente de deputada federal Flávia Alves, irmã de Othelino, sendo cogitada como candidata. Embora não confirmada, essa possibilidade não foi descartada por Weverton Rocha, deixando Fábio Câmara em uma situação delicada e incerta em relação ao seu futuro político.
Diante desse cenário, é possível que Fábio Câmara tenha que reconsiderar seus planos e, possivelmente, abrir mão de sua pretensão de candidatura à prefeitura. A falta de apoio claro do presidente do partido e as incertezas em relação às alianças políticas tornam o caminho para a candidatura de Câmara cada vez mais íngreme e desafiador. Resta aguardar para ver como o ex-vereador irá reagir diante desses novos desenvolvimentos e qual será seu próximo passo na arena política de São Luís.
Sem Voz na Imprensa: O declínio da imagem de Eduardo Braide
Nos corredores da política em São Luís, a figura do prefeito Eduardo Braide (PSD) tem sido objeto de crescente controvérsia. À medida que se aproximam as eleições de outubro, a exposição negativa em relação à sua gestão tem ganhado força, alimentando-se diretamente de duas características intrínsecas de Braide: sua antipatia pela imprensa e sua difícil relação com jornalistas.
Desde os tempos de deputado estadual, Braide tem mantido uma postura distante em relação à imprensa. Em seus três anos e meio de mandato como prefeito, essa atitude se manifestou em uma série de ausências: coletivas de imprensa praticamente inexistentes, pouca interação com jornalistas e uma notável ausência de diálogo com os meios de comunicação tradicionais.
O cenário se agrava com o fato de que Braide está há seis meses sem um secretário de Comunicação, um fenômeno inédito na história política de São Luís. A ausência de uma liderança nesse setor crucial sugere uma gestão da comunicação supervisionada à distância, deixando um vácuo que se reflete em uma comunicação institucional deficiente e na ausência de esclarecimentos sobre questões importantes.
Essa postura tem sido percebida como um desdém pela imprensa e uma tentativa de contornar os canais tradicionais de comunicação em favor das redes sociais pessoais do prefeito. No entanto, essa estratégia parece estar custando caro à imagem de Braide. A falta de transparência e o distanciamento dos veículos de comunicação tradicionais têm contribuído para uma crescente exposição negativa da gestão do prefeito.
Profissionais experientes, como o ex-deputado Joaquim Haickel, têm se afastado da Secretaria de Comunicação devido ao desprezo evidente de Braide pela imprensa. Essa debandada de talentos compromete ainda mais a capacidade do governo municipal de lidar com a comunicação de forma eficaz.
Apesar de ainda ser considerado o favorito para vencer as eleições, a imagem de Braide está sob crescente escrutínio devido a inúmeros escândalos de corrupção e ações questionáveis em diversos setores da prefeitura. Com a aproximação das eleições, espera-se que essas informações ganhem ainda mais destaque, colocando à prova a estratégia de comunicação adotada pelo prefeito.
Em um momento crucial para sua gestão e sua carreira política, Eduardo Braide parece estar pagando o preço do desprezo pela comunicação e da falta de diálogo com a imprensa, deixando sua imagem pública vulnerável às críticas e questionamentos que podem moldar o resultado das eleições em outubro.